Nova Tecnologia em Teste em Hospitais do Brasil: Otimize Registros de Pacientes e Reduza a Sobrecarga de Trabalho
Uma nova assistente de inteligência artificial, chamada Lya, está sendo utilizada em hospitais do Brasil para sugerir perguntas e possíveis diagnósticos para pacientes em busca de atendimento. Baseada na Classificação Internacional de Doenças (CID), essa tecnologia visa agilizar a tomada de decisões dos médicos, tornando o processo mais eficiente.
A ferramenta, desenvolvida pela empresa de tecnologia CTC, está sendo testada em dez unidades de saúde no Brasil como suporte ao atendimento. A assistente pode ser utilizada por profissionais de diversas especialidades, como clínica médica, pediatria, cardiologia e nutrição. O sistema adota o conceito de Smart Apps, oferecendo um atendimento personalizado com um design simplificado.
Médicos dedicam, em média, 16 minutos de cada atendimento ao registro de informações dos pacientes, segundo estudo publicado no Annals of Internal Medicine. Com a tecnologia, o tempo gasto com documentação e revisão de prontuários é reduzido.
Uma das principais funcionalidades da Lya é a transcrição da conversa durante a consulta, que libera o médico da função de preenchimento de dados manualmente, pois será automatizada pela plataforma”, explica Valter Lima, CEO da CTC.
A Lya é capaz de armazenar apenas os dados essenciais para o acompanhamento da jornada do paciente. Isso também reduz a chance de abandono do tratamento.
De acordo com a empresa, 96% dos profissionais relatam alta satisfação com a plataforma e 85% dos médicos adotaram a IA regularmente. A empresa oferece opções de assinatura para hospitais, clínicas e profissionais de saúde autônomos.
IA na saúde
Ajudar no diagnóstico de um câncer, agilizar a análise de dados de uma pesquisa médica ou até facilitar a triagem em um hospital cheio. Todas são possibilidades da IA.
Segundo Michel Goya, CEO da empresa de gestão e logística hospital OPME Log, um investimento de cerca de R$ 500 mil pode garantir uma gestão de dados dos pacientes, por exemplo. Ele menciona a capacidade da tecnologia de analisar dados relacionados ao gênero, idade, doenças prévias, se uma cirurgia é a primeira daquela pessoa ou uma reoperação, e mais.
Outro exemplo é na proteção da própria empresa. De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde, seguradoras da saúde pagaram mais de R$ 7 bilhões em reembolsos fraudulentos entre 2019 e 2022.
Então, uma seguradora não nomeada usou IA para identificar possíveis fraudes nos pedidos de reembolso por serviços médicos e economizou R$ 4,2 milhões em apenas cinco mesmo.
Qualificação do setor da saúde
Goya acredita que os avanços são um marco significativo na medicina moderna, surgindo como uma aliada fundamental para médicos e outros profissionais de saúde.
Ele menciona que, além do mero investimento de IA, são necessários avanços também na usabilidade das ferramentas e da tecnologia.
Ele menciona cursos específicos sobre aplicação de IA que proporcionam esse domínio e podem ampliar os resultados de uma empresa.